sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Painel do Tiago




Como os outros posts, imagem pequena aqui, mas é só clicar.

Abraços.

Painel da Luciana

Painel da Thaís



Igual ao do Vitor, imagem pequena no post, mas clicando nela, pode se visualizar o conteúdo em alta resolução.

abraços

Painel do Vitor




Galera, infelizmente a imagem ficou bem pequena aqui, mas cliquem em cima dela, que ela abrirá em alta resolução em outra janela.

Abraços

Hipertrofia Muscular


Hipertrofia é um fenômeno relativamente comum no corpo, que ocorre em diversos tecidos, e indica um aumento da função ou do número de constituintes da células. Especificamente, a hipertrofia muscular é o aumento do tamanho dos músculos por intermédio do aumento de suas fibras.
Um processo contínuo de musculação é a forma mais indicada de se obter massa muscular (como já dito, para todos os exercícios, qualquer prática desportiva deve ser acompanhada por equipe competente, composta por profissional de educação física, médico, nutricionista). Do mesmo modo que o treinamento pode gerar hipertrofia, sua interrupção pode gerar perda de massa muscular.
A obtenção do êxito é dependente de diversos fatores, como a escolha e a prática adequada dos exercícios, acompanhamento da dieta, o intervalo dado dentro da série e entre as séries que serão executadas, mudanças nos estímulos também são interessantes e com grande potencial para alcançar melhores resultados.
MITO: quanto mais tempo na academia, maior eu vou ficar; a prática de exercícios adequados, em tempo programado, sobre a supervisão profissional, traz bem mais benefícios que um tempo excessivo (que pode gerar lesões, que prejudicariam ainda mais o tratamento). Muito mais importante é focar na qualidade do exercício praticado do que no tanto de vezes que ele foi feito.
Um profissional qualificado saberá como e quando usar a estratégia correta para potencializar os resultados. Não será em algum website, revista ou livro de auto-ajuda que encontraremos a melhor informação, cada treino deve ser feito por um profissional especializado. Cada pessoa tem suas particularidades, que devem ser respeitadas para que haja eficiência no treinamento.
O mecanismo de obtenção da hipertrofia é baseado no princípio de que o corpo tenta sempre reestablecer o equilíbrio, ao longo do exercício ocorrem rompimentos das fibras musculares, seguido de regeneração (o músculo regenerado é maior, mais forte, e mais resistente ao treinamento feito e consequentemente, a lesões).
Além do exercício adequado, é vital que se tenha uma dieta adequada (como já foi dito), com proporções adequadas de proteínas e carboidratos. Proteínas para a reconstrução do músculo e carboidratos para suprir a perda energética da dieta (e evitar a proteólise, que seria exatamente o contrário da hipertrofia desejada). É essencial a menção de que, ao se fazer o acompanhamento adequado com nutricionista, dietas diferentes, com proporções voltadas para o tempo da prática e o metabolismo de cada pessoa serão montadas. As pessoas usam também diversos suplementos alimentares, que contém proporções maiores ou menores dos substratos.
Segue um link interessante deste assunto:



Referências:

Nutrição Esportiva



Uma dieta adequada ajuda a otimizar o rendimento esportivo dos atletas que visam bons resultados a nível de competição. Nos níveis mais altos de competição esportiva, essa intervenção nutricional pode ser a diferença entre ganhar e perder. Portanto, a dieta deve se adequar à modalidade esportiva e às características de cada indivíduo, respeitando o seu posicionamento na equipe, a eficiência de seus movimentos, as exigências dos treinos, a programação de viagens, somada a uma possível falta de conhecimentos sobre nutrição que podem levar-lo a realizar uma alimentação e nutrição deficiente.
Uma dieta balanceada visa proporcionar ao atleta:
  • Redução da fadiga;
  • Redução de lesões;
  • Otimização dos depósitos de energia;
  • Evitar danos ao funcionamento normal do corpo;
  • Melhorar o desempenho;
  • Diminuir os efeitos pós-exercícios
  • Reposição de eletrólitos.
Assim,o gasto energético na atividade física deve ser incluído no cálculo das necessidades energéticas, que levam em consideração também o metabolismo basal e a termogênese dos alimentos. Dependendo da intensidade e duração do treino a ingestão calórica necessária pode aumentar consideravelmente. As necessidades devem ser estimadas levando-se em consideração a modalidade praticada, duração e intensidade do treino.
Os macronutrientes devem estar em equilíbrio. Os carboidratos, o principal substrato energético do nosso organismo, devem contribuir com 60% - 70% das calorias totais. Sempre devem ser preferidas as opções integrais. Apesar das necessidades protéicas estarem aumentadas durante a atividade física, essa necessidade é facilmente suprida através de uma alimentação equilibrada. Os lipídios devem completar o valor calórico diário, sem ultrapassar os 30% recomendados nos guias de prevenção de doenças cardiovasculares. Deve-se ainda equilibrar a ingestão dos diferentes tipos de ácidos graxos.
O hábito de ingerir líquidos antes, durante e após a atividade deve ser introduzido e estimulado durante o treinamento, sempre em garrafas individuais e com válvulas.
Os horários das refeições e a seleção dos alimentos devem respeitar a disponibilidade do atleta.
Aí vão algumas sugestões de alimentação que são encontradas no site http://www.scf.unifesp.br/artigos/artigo_nutricao_exercicio_fisico.htm:

"QUANDO E O QUE COMER ANTES DO TREINO
A refeição que precede o treino deve:
  • Permitir que o estômago esteja relativamente vazio antes do início da atividade
  • Prevenir ou minimizar alterações gastrintestinais
  • Ajudar a prevenir a sensação de fome
  • Ajudar a prevenir a sensação de fadiga
  • Garantir o fornecimento adequado de energia (carboidratos)
  • Contribuir para um estado de hidratação adequado.

Em geral, uma alimentação sólida pode ser ingerida 3 - 4 horas antes da atividade, o que permite o esvaziamento gástrico quase total, ao mesmo tempo em que diminui a sensação de fome. Recomenda-se a seleção de uma refeição de fácil digestibilidade, com predominância de carboidratos e menor proporção de proteínas e gorduras.

Devem ser evitados:
  • Alimentos que causem flatulência, aumento da acidez estomacal, azia, como por exemplo, leguminosas, alguns tipos de hortaliças, alimentos muito fibrosos e muito condimentados
  • Volume de alimentos que possa estimular a movimentação intestinal (peristaltismo) durante a atividade;
  • Alimentos com alta concentração de açúcar que podem retardar o esvaziamento gástrico ou criar um efeito osmótico reverso, aumentando o conteúdo de fluido do estômago e provocando náuseas e câimbras. Altas doses de frutose podem provocar diarréia;
  • Alimentos e preparações desconhecidas;
  • Alimentos que, por experiência individual de cada atleta, já tenham provocado algum mal estar ou alteração gástrica;
Refeições líquidas, preparadas a partir de fórmulas à base de carboidratos, podem substituir refeições sólidas pré-atividade. Em algumas situações pode ser uma opção mais vantajosa em relação à praticidade (menor tempo de preparo).Cuidados especiais devem ser tomados em relação à hidratação.

DURANTE A ATIVIDADE:

Manter a hidratação constante. Deixar a garrafinha próxima e habituar-se a ingerir água sempre que possível.A utilização de bebidas acrescidas de carboidratos deve acontecer em eventos de longa duração ou alta intensidade ou caso o atleta participe de mais de um tipo de atividade.

APÓS A ATIVIDADE:

Principais objetivos: hidratação e recuperação dos estoques de energia.Imediatamente após o exercício, a enzima glicogênio-sintetase é ativada pela depleção dos estoques de glicogênio e é importante iniciar a reposição de carboidratos com o objetivo de repor esta reserva. É interessante ingerir uma fonte de carboidratos, que pode ser adicionado à água.

HIDRATAÇÃO

O principal objetivo da hidratação durante a atividade física é evitar que ocorra desequilíbrio hidroeletrolítico e as conseqüências da hipertermia. A água perdida durante a transpiração pode resultar em desidratação, levando à deterioração da capacidade de executar exercício e prejuízo à saúde.
A ingestão de cerca de 2 litros de líquidos diariamente é recomendada como hábito alimentar adequado para qualquer indivíduo. O atleta deve ter especial atenção à sua hidratação.
Atletas devem iniciar sua participação em competições com estado ótimo de hidratação. Para isso recomenda-se a ingestão normal de líquidos durante o dia, a ingestão de 500 ml 2 horas antes e de 250 a 500 ml 15 a 30 minutos antes do exercício.
Durante o evento é recomendada a ingestão de líquidos a cada 15 - 20 minutos, na quantidade de 180 - 250 ml, numa tentativa de repor as perdas que ocorrem através da sudorese. Infelizmente, fatores tais como, diminuição da percepção da sede, pouco acesso às bebidas de hidratação, podem afetar negativamente o estado de hidratação do atleta.
Para atividades de longa duração ou de alta intensidade recomenda-se a adição de carboidratos, na proporção de 5 - 10% às bebidas, tanto antes como durante o evento, que podem ser na forma de sacarose, glicose, frutose e maltodextrina. Não se recomenda a utilização de bebidas contendo apenas frutose, que podem causar distúrbios gastrintestinais. A oferta de carboidratos ajuda na manutenção da glicemia e retardar o início da fadiga.
A adição de sódio à bebida de hidratação só é recomendada para provas com duração superior a 4 horas, com o objetivo de prevenir a hiponatremia.
A bebida de hidratação deve permitir um rápido esvaziamento gástrico e rápida absorção intestinal. Para isso, devem ser observados: volume ingerido, temperatura, osmolaridade e composição de carboidratos.
Bebidas alcoólicas, bebidas gaseificadas, chá preto, chá mate e café e sucos de frutas concentrados não são recomendados para a hidratação durante a atividade física por provocarem alguns efeitos indesejados.
Após a competição, o atleta deve receber líquidos à vontade, de preferência acrescidos de carboidratos (1 - 2 g/kg), repondo as perdas hídricas e iniciando a reposição dos estoques de glicogênio.
É importante que o atleta se habitue ao seu esquema de hidratação durante o período de treinamento para evitar transtornos durante a competição."



Fica a dica!

Fonte:
http://www.unb.br/fef/downloads/keila/nutricao_esportiva_2_smd.ppt#256,1,NUTRIÇÃO ESPORTIVA

Para realizar exercícios, procure orientação de profissionais, senão...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pílula do Exercício? Que História é Essa?


Há algum tempo saiu na mídia a notícia que alegrou muitos por aí, principalmente os gordinhos (inclusive se eu tivesse visto na época eu seria uma gordinha mais feliz desde aquele tempo!!! hehehe). Essa notícia "anti-depressiva" foi a da criação da "Pílula do Exercício". Aí vai um pouquinho de uma matéria que explica em parte o funcionamento dessa inovação das academias:

"Recentemente, cientistas do Salk Institute for Biological Studies, uma organização de pesquisas focada na biologia e em sua relação com a saúde, publicaram um estudo no jornal Cell sobre os resultados de uma substância que aumenta a capacidade física sem exercícios diários quando testada em camundongos.

A imprensa em geral descreveu essa substância como a "pílula do exercício," potencialmente eliminando a necessidade dos exercícios físicos. Frank Booth, um especialista em inatividade da University of Missouri (Estados Unidos) afirma que o estudo da "pílula do exercício" não testou todos os benefícios conhecidos da atividade física e que tomar a pílula não pode ser considerado um substituto para os exercícios físicos.

Mimética dos Exercícios

No artigo da Cell, intitulado "Mimética dos Exercícios", os pesquisadores demonstraram que as reações AMPK-PPARd, um sistema mensageiro celular, podem ser acionadas por medicamentos ativos orais para melhorar a adaptação ao treinamento ou até mesmo aumentar a resistência física sem exercícios. Entretanto, Booth alerta que alguns dos mais conhecidos benefícios dos exercícios físicos não foram testados no estudo publicado na Cell, incluindo:

  • Decréscimo na taxa de batimentos cardíacos no pico do esforço e em repouso
  • Aumento do volume de sangue bombeado pelo coração em todos os ritmos de exercícios
  • Aumento da capacidade cardíaca
  • Menor pressão sangüínea e resistência arterial
  • Aumento da capacidade aeróbica

Redução dos riscos do sedentarismo

A prevenção dos maiores riscos de doenças crônicas produzidos pela inatividade física crônica também não foi testada. De acordo com Katzmarzyk & Janssen (Can J Appl Physiol 29:90, 2004), a atividade física humana diminui o risco de:

  • Doenças coronarianas - decréscimo do risco em 45%
  • Infarto - decréscimo do risco em 60%
  • Hipertensão - decréscimo do risco em 30%
  • Câncer do cólon - decréscimo do risco em 41%
  • Câncer de mama - decréscimo do risco em 30%
  • Diabetes tipo 2 - decréscimo do risco em 50%
  • Osteoporose - decréscimo do risco em 59%

Substituição dos exercícios físicos

Até que a ativação das reações AMPK-PPARd por meio de medicamentos tenha mostrado todos os benefícios acima listados em humanos, é prematuro utilizar a expressão "mimética dos exercícios físicos" a partir das observações muito limitados mostradas no artigo da Cell, diz Booth.

Booth acredita, baseado em seus mais de 40 anos de experiência na pesquisa das adaptações aos exercícios e à inatividade física, que os medicamentos apresentados irão imitar os exercícios apenas parcialmente.

Para que qualquer "pílula do exercício" combata a inatividade física, a pílula deverá ser poligênica, ou controlar muitos genes ao mesmo tempo; além disso, os medicamentos apresentados não parecem ser capazes de oferecer todos os benefícios da atividade física.

Na opinião de Booth, as drogas utilizadas na pesquisa não provaram conclusivamente ser capazes de substituir os exercícios, contrariamente ao que a mídia relatou.

Benefícios comprovados dos exercícios físicos

Veja abaixo os benefícios mais comuns associados à prática de exercícios físicos e que não foram avaliados no estudo da "pílula do exercício:"

  • Decréscimo na taxa de batimentos cardíacos no pico do esforço e em repouso
  • Aumento do volume de sangue bombeado pelo coração em todos os ritmos de exercícios
  • Aumento da capacidade cardíaca
  • Menor pressão sangüínea e resistência arterial
  • Aumento da capacidade aeróbica
  • Aumento da resistência e da área transversal do músculo esquelético
  • Retardamento da perda de massa muscular e da resistência com o envelhecimento
  • Melhoria do equilíbrio e da coordenação
  • Aumento da flexibilidade
  • Redução da osteoporose
  • Redução do estresse das articulações e das dores nas costas
  • Diminuição dos cálculos biliares
  • Melhoria da função endotelial
  • Diminuição da incidência da isquemia miocardial
  • Menor dano miocardial da isquemia
  • Menor estresse oxidativo
  • Diminuição das inflamações
  • Melhoria da função imunológica
  • Diminuição da esteatose no fígado e da doença do fígado gorduroso
  • Melhoria da sensibilidade à insulina e redução no risco do diabetes tipo 2
  • Menor propensão à depressão, ansiedade, estresse e mal-estar psicológico
  • Melhoria da hiperlipidemia: menor colesterol total, aumento no HDL e decréscimo nos triglicerídios do sangue
  • Melhoria das funções cognitivas nos idosos
  • Aumento do fluxo sangüíneo e neurogênese na circunvolução denteada do hipotálamo
  • Prevenção da perda de volume cerebral nos idosos
  • Retardamento no declínio das reservas fisiológicas com o envelhecimento"

Então... É isso aí! Eu acho que essa saída seria a solução para esses dias intensos de estudos em que a academia ficou de lado! Brincadeirinha... Além de os estudos não estarem concluídos, o medicamento não substituiria a satisfação e a alegria de algumas horinhas na academia (não é?!).

Fonte:

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=cientista-contesta-pilula-do-exercicio-e-diz-que-ela-nao-substitui-atividade-fisica&id=3395

http://www.diabetes.org.br/colunistas-da-sbd/observatorio-cientifico/454-entendendo-a-pilula-do-exerciscio

domingo, 22 de agosto de 2010

Exercício Físico e o Controle da Pressão Arterial


Desde há muito tempo, comenta-se dos benefícios do exercício físico para o controle da pressão arterial, mas os estudos fisiológicos, que comprovam estatisticamente este fato são relativamente recentes. Os trechos que compõe o post foram retirados de um estudo concluído no fim de 2004, por pesquisadores de Pernambuco, vinculados ao Hospital Oswaldo Cruz, da Universidade de Pernambuco.
(...)
"Os mecanismos responsáveis pelos ajustes do sistema cardiovascular ao exercício e os índices de limitação da função cardiovascular constituem aspectos básicos relacionados ao entendimento das funções adaptativas. Esses mecanismos são multifatoriais e permitem ao sistema operar de maneira efetiva nas mais diversas circunstâncias. Os ajustes fisiológicos são feitos a partir das demandas metabólicas, cujas informações chegam ao tronco cerebral através de vias aferentes, até a formação reticular bulbar, onde se situam os neurônios reguladores centrais."
"Os efeitos fisiológicos do exercício físico podem ser classificados em agudos imediatos, agudos tardios e crônicos. Os efeitos agudos, denominados respostas, são os que acontecem em associação direta com a sessão de exercício; os efeitos agudos imediatos são os que ocorrem nos períodos peri e pós-imediato do exercício físico, como elevação da freqüência cardíaca, da ventilação pulmonar e sudorese; já os efeitos agudos tardios acontecem ao longo das primeiras 24 ou 48 horas (às vezes, até 72 horas) que se seguem a uma sessão de exercício e podem ser identificados na discreta redução dos níveis tensionais, especialmente nos hipertensos, na expansão do volume plasmático, na melhora da função endotelial e na potencialização da ação e aumento da sensibilidade insulínica na musculatura esquelética. Por último, os efeitos crônicos, também denominados adaptações, resultam da exposição freqüente e regular às sessões de exercícios e representam aspectos morfofuncionais que diferenciam um indivíduo fisicamente treinado de outro sedentário, tendo como exemplos típicos a bradicardia relativa de repouso, a hipertrofia muscular, a hipertrofia ventricular esquerda fisiológica e o aumento do consumo máximo de oxigênio (VO2 máximo). O exercício também é capaz de promover a angiogênese, aumentando o fluxo sanguíneo para os músculos esqueléticos e para o músculo cardíaco."
(...)
"Modificações no estilo de vida, incluindo exercício físico, são recomendadas no tratamento da hipertensão arterial. Estudo envolvendo 217 pacientes de ambos os sexos, com idade variando de 35 a 83 anos, mostrou que a adesão a medidas não farmacológicas, dentre as quais a prática de exercício físico, promoveu sensível efeito na redução dos níveis pressóricos."
(...)
"A busca de uma explicação para o efeito redutor do exercício sobre a pressão arterial de indivíduos normotensos e, principalmente, hipertensos tem motivado inúmeras pesquisas nas últimas décadas, sendo a redução da pressão arterial diastólica em repouso após treinamento a mais largamente estudada. Os mecanismos que norteiam a queda pressórica pós-treinamento físico estão relacionados a fatores hemodinâmicos, humorais e neurais.
Dentre os fatores hemodinâmicos verificou-se, tanto em ratos espontaneamente hipertensos quanto em humanos, que o exercício físico promove redução da pressão arterial por diminuição no débito cardíaco que está associada ao decréscimo da freqüência cardíaca, uma vez que não foram observadas alterações no volume sistólico. A queda na resistência vascular sistêmica e, conseqüentemente, na pressão arterial seria outro mecanismo alternativo proposto para explicar a queda na pressão arterial pós-exercício. Uma redução significativa nos níveis pressóricos
é conseguida com treinamento de baixa intensidade (50% do consumo de oxigênio de pico). Assim, o exercício físico de baixa intensidade diminui a pressão arterial porque provoca redução no débito cardíaco, o que pode ser explicado pela diminuição na freqüência cardíaca de repouso e diminuição do tônus simpático no coração, em decorrência de menor intensificação simpática e maior retirada vagal."
(...)
"Ishikawa et al. estudaram 109 indivíduos hipertensos nos estágios I e II que realizaram treinamento leve por oito semanas, em academias. Constataram que houve redução significativa da pressão arterial em todos eles; os indivíduos idosos apresentaram menor redução nos níveis pressóricos do que os indivíduos jovens. Não foi observada influência do sexo nos resultados."
(...)
"Indivíduos hipertensos mantêm a redução mais intensa da pressão arterial nas 24 horas seguintes às do exercício. Verificações da pressão arterial em sessões de 25 e 45 minutos após exercício físico, a 50% do consumo máximo de oxigênio, mostraram reduções mais acentuadas após as sessões de 45 minutos. É possível que a queda da pressão arterial nesse caso se deva à diminuição na resistência vascular periférica, podendo ainda estar relacionada à vasodilatação provocada pelo exercício físico nas musculaturas ativa e inativa, resultante do acúmulo de metabólitos musculares provocado pelo exercício (potássio, lactato e adenosina) ou à dissipação do calor produzida pelo exercício físico. Alternativamente, o aumento do fluxo sanguíneo pode decorrer da redução do tônus simpático e o conseqüente acréscimo da vasodilatação periférica, que parece estar relacionada à elevação da secreção de opióides endógenos provocada pelo exercício e que possuem efeito vasodilatador direto."
(...)
"A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que os indivíduos hipertensos iniciem programas de exercício físico regular, desde que submetidos à avaliação clínica prévia. Os exercícios devem ser de intensidade moderada, de três a seis vezes por semana, em sessões de 30 a 60 minutos de duração, realizados com freqüência cardíaca entre 60% e 80% da máxima ou entre 50% e 70% do consumo máximo de oxigênio."
(...)
"Conclui-se que os efeitos benéficos do exercício físico devem ser aproveitados no tratamento inicial do indivíduo hipertenso, visando evitar o uso ou reduzir o número de medicamentos e de
suas doses. Em indivíduos sedentários e hipertensos, reduções clinicamente significativas na pressão arterial podem ser conseguidas com o aumento relativamente modesto na atividade física, acima dos níveis dos sedentários, além do que o volume de exercício requerido para reduzir a pressão arterial pode ser relativamente pequeno, possível de ser atingido mesmo por indivíduos sedentários."

Retirado de:

Alguns Testes Relacionados a Exercícios

No último post, falei sobre uma calculadora, que indicava o gasto calórico. No mesmo site, existem diversas outros testes, que podem ser feitos on-line mesmo, e que indicam, com certa precisão, alguns dados importantes para a prática de exercício físico. São encontrados alguns dados que servem como referência não só para o praticante, o atleta, mas também para médicos e professores de educação física.
É importante dizer que, mesmo com a referência desses testes, o acompanhamento de nutricionistas, médicos e profissionais de educação física é essencial para melhor desempenho e segurança do praticante.
Seguem os links de alguns testes:

  • Teste de percentual de gordura:

  • Frequência cardíaca em repouso:

  • Necessidade diária de energia:

  • Índice de relação de gordura entre circunferências do abdômen (cintura) e quadril:

  • Tabela com a quantidade de calorias em cada alimento:

  • Teste de avaliação da capacidade cardiorrespiratória (VO2 máx)


Existem no site diversos outros teste, protocolos, guias, que servem de referência, não só para a prática de exercícios, mas também para outras áreas da saúde.

Espero que estes links tenham alguma utilidade, mas sempre lembrando, acompanhamento profissional é indispensável.

abraços.

Gasto Energético

Como já foi dito aqui no blog, exercícios, se praticados de maneira correta, tendem apenas a trazer benefícios. As pessoas, normalmente, procuram os exercícios para perder peso ou melhorar algo específico em sua saúde. Neste primeiro objetivo, sempre paira uma dúvida na cabeça das pessoas: quanto de calorias eu vou perder com cada exercício? Esta não é uma pergunta fácil de responder, e, em geral, varia de pessoa para pessoa.
Mas, tem gente muito curiosa, que quer sempre saber valores. Seguem, então, links de sites que têm uma "calculadora de perda de calorias", que indica, aproximadamente, o gasto calórico total em atividade moderada, baseando-se na massa da pessoa e no tempo de prática de exercício.


Vale a curiosidade.

Abraços.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Resposta Hormonal ao Exercício

Os hormônios são substâncias que são produzidas em glândulas específicas do corpo (glândulas endócrinas) e atuam sobre outros tecidos ou órgãos do corpo (células alvos) com o objetivo de manter a homeostase corporal. Esses reguladores do metabolismo são divididos em esteróides e não-esteróides. O esteróides são lipossolúveis e, com isso, passam facilmente através da membrana citoplasmática, sendo que seus receptores encontram-se dentro da célula. Os não-esteróides não ultrapassam a membrana, e é nela que encontram-se seus receptores.

Para as diversas situações a que o organismo é submetido, há diferentes respostas hormonais associadas. O exercício físico, sendo uma situação de estresse ao organismo, já que diversas funções e necessidades orgânicas (principalmente energéticas) são alteradas, serve de estímulo para a secreção de determinados hormônios e de fator inibitório para outros. Vamos citar alguns hormônios para melhorar o nosso entendimento metabólico do exercício.


Hormônio do crescimento humano

O hormônio do crescimento humano (GH ou somatotropina) possui liberação controlada por um hormônio hipotalâmico (fator de liberação do GH). Dentre as suas funções, algumas são o aumento de captação de aminoácidos e da síntese protéica pelas células e redução da quebra das proteínas, acentuação da utilização de lipídios e diminuição da utilização de glicose para obtenção de energia, estimulação da reprodução celular (crescimento tecidual) e estimulação do crescimento da cartilagem e do osso.
O GH estimula o fígado a secretar pequenas proteínas chamadas de somatomedinas, ou fatores de crescimento semelhantes à insulina (também IGF-I e IGF-II, de “Insulin -like Growth Factor”). As somatomedinas e o GH atuam em conjunto, acentuando mutuamente seus efeitos .

É sabido que, com o exercício, a liberação de GH é estimulada. Além disso, a quantidade deste hormônio liberada é tanto maior quanto mais intenso for o exercício. O mecanismo pelo qual isso ocorre é que o exercício estimula a produção de opiáceos endógenos, que inibem a produção de somatostatina pelo fígado, um hormônio que reduz a liberação de GH .

O GH é utilizado freqüentemente usado como agente ergogênico exógeno, principalmente entre atletas de modalidades que requerem mais força, como lutadores e os próprios velocistas. Problemas referentes à sua utilização incluem a acromegalia e também casos de morte súbita por parada cardíaca em atletas podendo ainda ter um efeito diabetogênico por estimular as células β das ilhotas de Langerhans a secretar insulina extra.



Hormônio tireóideo

A função do hormônio tireóideo consiste em regular o metabolismo corporal. Esse hormônio também aumenta a síntese protéica e, com isso, a síntese de enzimas, aumenta o tamanho e o número de mitocôndrias na maioria das células, aumenta a atividade contrátil do coração, promove a absorção rápida de glicose pelas células e, por fim, incrementa a glicólise, a gliconeogênese e a mobilização de lipídios, aumentando a disponibilidade de ácidos graxos livres para oxidação como forma de obtenção de energia. O hormônio tireóideo tem papel importante na maturação, estimulando a ossificação endocondral, o crescimento linear do osso e a maturação dos centros ósseos epifisários. Além disso, o T3, especificamente, pode acelerar o crescimento facilitando a síntese e secreção do GH .
Em exercício, a liberação de TSH, que estimula a liberação de hormônio tireóideo, aumenta. No entanto, esse aumento na liberação de hormônio tireóideo não acontece imediatamente depois do aumento da liberação de TSH, pois acontece um atraso. Além disso, durante sessões de exercício submáximas prolongadas, os níveis de T4 permanecem relativamente constantes em aproximadamente 35% a mais do que os níveis de repouso, depois de um pico inicial no começo do exercício, e os níveis de T3 tendem a aumentar .



Glicocorticóides

O cortisol é o mais importante desses hormônios, tem sua liberação influenciada pelo ACTH. Existe muita variabilidade na resposta do cortisol ao exercício em relação ao tipo e intensidade do exercício, nível de treinamento, estado nutricional, entre outros. Pode-se dizer, com mais certeza hoje em dia, que os níveis de cortisol aumentam durante o exercício físico intenso. Em exercícios moderados, no entanto, há ainda muita controvérsia , não sendo possível, por isso, definirmos o papel e alterações nos níveis de cortisol.


Grelina e Leptina


A grelina e a leptina são dois hormônios ligados à obesidade. A grelina atua na regulação do balanço energético a curto prazo e é um estimulante da produção do hormônio GH. A leptina é conhecida como “hormônio da saciedade” e auxilia no aumento do gasto energético. Em situações de exercício físico os níveis de leptina diminuem o que mostra que há também uma gradativa diminuição nas quantidades de células adiposas onde o hormônio é sintetizado.



Glucagon

Sua principal função consiste em aumentar a concentração de glicose no sangue, através da glicogenólise e gliconeogênese hepáticas, por causa disso, ele é denominado o “antagonista da insulina” . A sua secreção é controlada principalmente pelo nível de glicose plasmática do sangue que flui pelo pâncreas. Em situações de jejum ou de exercício, as células alfa são estimuladas, liberando glucagon e imediatamente depois, glicose pelo fígado na corrente sangüínea.
Além dele, contribuem para a elevação da glicose até patamares adequados as catecolaminas e o cortisol. No princípio do exercício, o glucagon é, dentre esses três, o que tem incremento mais rápido, até o 15o. minuto, e depois tende a estabilizar-se . Ainda assim, o mesmo estudo mostrou que, quanto maior a duração do exercício, maior a liberação de glucagon, sendo que em exercícios moderados de curta duração, observa-se uma diminuição nos seus níveis plasmáticos. Apesar de ser claro que os níveis de glucagon aumentam durante o exercício, um estudo demonstrou que o treinamento aeróbico estimula uma liberação mais contínua e com menos oscilações do que aquela ocorrida em indivíduos não-treinados, mas não se descobriu se essa liberação é maior ou menor em um grupo ou em outro , embora os autores demonstrem que, após o treinamento, a liberação de glucagon após o 10o. minuto de exercício é maior do que antes do treinamento.


Insulina

Com efeitos antagônicos aos do glucagon, as concentrações plasmáticas da insulina também são inversamente proporcionais às suas.
Sempre que a insulinemia for alta, os níveis de glucagon serão baixos, e vice-versa. Sua principal função é, portanto, regular o metabolismo da glicose por todos os tecidos, com exceção do cérebro, pelo fato do GLUT 3 não ser dependente desse hormônio. Seus efeitos decorrem do aumento da velocidade de transporte da glicose para dentro das células musculares e do tecido adiposo. Com a captação dessa glicose, se ela não for imediatamente catabolizada como forma de obtenção de energia, gera-se glicogênio nos músculos e triglicerídios no tecido adiposo. Em resumo, o efeito da insulina é hipoglicemiante, ou seja, de baixar a glicemia sangüínea. A insulina normalmente é liberada em ocasiões nas quais existam altos índices de glicose plasmática, como acontece após as refeições.
Como o exercício estimula a liberação de glucagon, e esse hormônio atua de forma antagônica à insulina, esta última tem sua liberação diminuída quando existe trabalho muscular, principalmente como forma de tornar a glicose mais disponível para a atividade. Além disso, as catecolaminas, cuja concentração é aumentada durante o exercício, têm a propriedade de baixar os níveis de insulina. A supressão de insulina é proporcional à intensidade do exercício, sendo que, em exercícios mais prolongados, existe um aumento progressivo na obtenção de energia a partir da mobilização de triglicerídios, decorrente da baixa observada nos níveis de glicose - que foram sendo degradados - e da ação do glucagon, que aumenta .


Endorfina

A endorfina é o hormônio responsável pelo controle da dor e pela sensação de bem estar e é produzido pela hipófise. Sua excreção, em situações de estresse do organismo, como no caso do exercício físico,parece estar envolvida na promoção de um efeito analgésico e também na melhora dos aspectos emocionais.

Pesquisas relatam que em exercícios de baixa intensidade e de resistência, sua concentração não é alterada significativamente. Já nos de alta intensidade, a endorfina tem seus níveis até duplicados no plasma e aumentados no cérebro, agindo sobre o sistema límbico e no lobo pré-frontal, áreas cerebrais responsáveis pelo prazer e pelas emoções.

Dessa forma esse hormônio está relacionado com a euforia sentida pelos atletas após a realização de atividades físicas de alta intensidade e também alguns estudos indicam que está relacionado com o vício pelaprática de exercícios.

Fonte:

http://citrus.uspnet.usp.br/eef/uploads/arquivo/v15%20n2%20artigo3.pdf

http://www.totalsport.com.br/colunas/ricardo/ed2800.htm

domingo, 15 de agosto de 2010

Genética do Exercício


O exercício físico traz diversos benefícios, como já citamos aqui no blog e também na nossa apresentação do painel, para pacientes de doenças crônicas como diabetes mellitus, obesidade, hipertensão e dislipidemias. No entanto, a resposta de cada um ao exercício é diferente, indicando que fatores genéticos também estão envolvidos nos processos metabólicos decorrentes do exercício.
Estudos na área genética têm possibilitado identificar genes que parecem influenciar fenótipos relacionados com o exercício, sendo que alguns destes genes são do sistema renina-angiotensina (SRA). O SRA é descrito como um eixo endócrino no qual cada componente de uma cascata é produzido por diferentes órgãos, para manter a estabilidade hemodinâmica. Estão identificados no corpo humano dois diferentes tipos de sistemas renina-angiotensina: o circulante, descrito há bastante tempo, e o local, descrito mais recentemente e que parece desempenhar papel importante na homeostase circulatória.

A partir dos anos 1990, começaram a descobrir alguns polimorfismos no SRA, entre eles estão o da enzima conversora de Angiotensina II (ECA), do angiotensinogênio (AGT), entre outros.

Polimorfismo do gene da ECA
O gene da ECA localiza-se no cromossomo 17 o seu polimorfismo corresponde à inserção (alelo I) ou deleção (alelo D) de 287 pb no íntron 16 do gene. Os indivíduos homozigotos DD possuem mais ECA circulante do que os indivíduos de genótipo DI ou II. Esse aumento da concentração de ECA gera uma maior produção de angiotensina II, responsável pelo controle da pressão arterial ao interargir com os receptores de membrana AT1 e AT2. Assim, esse gene está relacionado à pressão arterial sistêmica e à hipertrofia cardíaca.
Os cientistas, então, procuraram associar esse gene ao exercício físico pelo fato da hipertrofia cardíaca ser um fator comum dos dois. Descobriu-se que indivíduos com o genótipo DD desenvolvem maior hipertrofia ventricular decorrente da alta taxa de trabalho cardíaco no exercício “gene–meio ambiente” cuja influência de uma determinada condição ambiental (exercício) só tem impacto na presença de um determinado genótipo (homozigoto DD, no caso).

Polimorfismo do gene AGT
Estudos do gene do angiotensinogênio (AGT) levaram à identificação de uma mutação resultante da substituição de uma timina por uma citosina na posição 704, no exon 2 do gene do AGT13. Essa alteração gênica leva a uma modificação de aminoácidos na estrutura da proteína, caracterizada pela substituição de uma metionina por uma treonina no códon 235. O alelo T está associado a 20% aumento na produção do AGT sérico.
O aumento na concentração plasmática desse peptídeo pode levar à maior formação de angiotensina II, da mesma forma que no polimorfismo do gene da ECA.

Além disso, o polimorfismo do gene da ECA está relacionado com o desmpenho físico, sendo que os indivíduos com genótipo II ou DI, nos testes efetuados na pesquisa, possuíram melhores resultados no desempenho aeróbio e endurance. Além disso, a presença do genótipo II leva a uma maior eficiência mecânica muscular esquelética em humanos. Resultados semelhantes têm sido verificados em ciclistas, montanhistas, remadores olímpicos australianos,olímpicos ingleses e jogadores de futebol homozigotos II para o gene da ECA.


Fonte: http://portalsaudebrasil.com/artigospsb/fisiolog077.pdf





quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Bons Sonhos para Corredores

Você tem problemas para dormir a noite? Acha difícil relaxar e cair no sono depois de um dia movimentado? Caso tenha problemas para dormir, não está sozinho. De acordo com o "National Commission on Sleep Disorders Research", mais de 40 milhões de americanos têm problemas crônicos de sono, e mais de 20 milhões já experimentaram um período com insônia. A maioria dos corredores acredita que o treinamento proporciona melhor sono (parecemos que estamos prestes a cair no sono na maioria do tempo). Porém, há evidência científica de que atividade física melhore a quantidade e qualidade de nosso sono?
Um estudo sobre exercícios físicos e sono, conduzido na Finlândia, descobriu que 43% dos estudados que exercitaram-se por mais de 3 meses anteriores relataram melhora no sono e somente 1% tiveram detrimento no sono. Além disso, 30% dos estudados que reduziram seus exercícios físicos por mais de 3 meses anteriores relataram redução na quantidade e piora na qualidade do sono, enquanto apenas 4% relataram melhora no sono. Esses resultados certamente apóiam a noção que maior quantidade de atividade física leva à melhoria no sono. Essa evidência deve ser interpretada com cautela, entretanto, já que não sabemos se foi o exercício que melhorou o sono, ou se foi a melhoria no sono que fez essas pessoas quererem praticar mais atividades físicas.

Outro estudo, realizado pelo Ph.D. John Trinder e colegas australianos, comparou os hábitos de sono de corredores de fundo treinados (média de 72 km/semana), levantadores de peso dedicados (12 horas/semana), e sedentários. Os corredores caíram no sono mais rápido depois de irem para a cama e tiveram um sono profundo de maior duração do que os indivíduos dos outros 2 grupos. Em outras palavras, os corredores tiveram um sono mais eficiente, o qual é a taxa da quantidade de tempo que você dorme pelo total de tempo que está na cama. Então, se você tem um sono eficiente, pode descansar em paz sabendo que recuperará algum tempo que gastou correndo ao levar menos tempo para cair no sono.

Como exercício físico promove a melhora no sono?
Ninguém sabe ao certo, porém o mecanismo pode ser uma alteração no equilíbrio entre a atividade do sistema nervoso de simpático e parassimpático. Estimulação do sistema nervoso simpático eleva os batimentos cardíacos, pressão sangüínea, taxa metabólica e atividade mental, e tudo isso é contra-produtivo para dormir. Atividade parassimpática tem efeito oposto. Durante a corrida a atividade simpática aumenta, porém o treinamento de resistência leva à diminuição da atividade simpática e relação à parassimpática quando não está exercitando-se. Essa alteração no equilíbrio das atividades simpática e parassimpática pode nos permitir cair no sono mais rapidamente e dormir mais profundamente. Correr muito perto da hora de ir para a cama, porém, pode deixar o sistema nervoso simpático estimulado por várias horas, o que torna mais difícil cair no sono.
Sono e overtraining
No extremo final do espectro de exercícios, evidências não comprovadas cientificamente sugerem que overtraining interfere com o sono. De volta aos meus dias de maratonista, lembro de estar deitado na cama às 3 da madrugada exausto do treinamento intervalado do dia anterior e pensando sobre os 32 km do dia seguinte. O estresse físico e psicológico de treinar acima do seu limite pode estimular o sistema nervoso central, levando à irritabilidade e redução da qualidade e quantidade de sono. De fato, uma mudança nos hábitos de sono é um sinal de alerta antecipado de overtraining.
A redução do sono é uma faca de dois gumes para o corredor porque grande parte da recuperação e reconstrução do organismo acontece enquanto dormimos. Se você treina forte, precisa ser particularmente cuidadoso em relação a dormir adequadamente, ou poderá ter declínio na performance, depressão do sistema imunológico, e ficar mais susceptível a lesões. Se você dorme bem a maior parte do tempo, porém, não terá que preocupar-se caso tenha problemas para dormir na noite anterior à competição. Não há evidência de que uma única noite de sono ruim prejudique a performance.

Quando você tem dificuldade incomum para dormir, poderá estar treinando forte muito freqüentemente. Você poderá melhorar seu sono facilmente ao pegar mais leve no treinamento e não correr muito tarde no dia. Quanto mais forte for o exercício físico, maior será o estímulo ao seu sistema nervoso, então diminuir a intensidade dos treinos irá provavelmente beneficiar seu sono mais do que diminuir o volume de treinamento. Além disso, se você estiver tendo problemas para dormir, veja se pode identificar qualquer outro fator não relacionado à corrida que poderia contribuir para a sua insônia. Seu novo chefe ou aquela super-taça de sorvete antes de ir para a cama podem ser os culpados. Sonecas também interferem com uma boa noite de sono. Tirar uma soneca pode colocá-lo num ciclo de dificuldade de cair no sono a noite, cochilar de tarde, e então ter problemas para dormir na noite seguinte.

Para melhorar seus padrões de sono, desenvolva e siga uma rotina que funcione para você. A mente e corpo adoram rotinas. Jantar e ir para a cama no mesmo horário aproximado todos os dias irá ajudar o relógio do seu organismo, então seu corpo e mente automaticamente desligarão no mesmo horário cada noite. Evite luzes fortes à noite e abstenha-se de ir para a cama até que esteja pronto para dormir. Então, quando você se deitar, esse será outro sinal para descansar sua mente para dormir.

Bons sonhos!

Fonte: http://www.copacabanarunners.net/sono-para-corredores.html

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mergulho em Apnéia

A palavra apnéia tem suas origens do grego e significa a ausência da respiração. Durante este processo o mergulhador não inala , no entanto não significa que não tem oxigênio. Processos celulares no corpo de freedivers, continuamente consomem o oxigênio inalado. Da mesma forma, o nível de CO2 no corpo aumenta.

O cumprimento de uma apneia não é apenas uma questão de capacidade de pulmões, mas também da habilidade de relaxar e de retardar o metabolismo e assim abaixar o consumo de oxigênio e a produção de CO2.

PRENDENDO A RESPIRACAO
Enquanto se prende a respiração, o nível de CO2 aumenta, o que provoca ao sistema respiratório a vontade de exalar. Este processo tem várias etapas. Inicia-se com um sentimento de desconforto e cresce a contrações fortes do diafragma, que com a ajuda destas suas contrações, tenta forçar os pulmões a exalar o gás baixo em oxigênio.

Uma pessoa normal, saudável pode segurar sua respiração por volta de 1 minuto. Então, como seria possível que freedivers podem segurar sua respiração por 8 minutos ou ainda mais tempo? A resposta esta escondida ao fundo em nossos instintos, no que é chamado – diving reflex ou, reflexo do mergulho.

Diving reflex
O reflexo de mergulho que acontece com mamíferos (Mammalian diving reflex) é uma habilidade que possibilita focas e outros mamíferos marinhos a serem capazes de mergulhar a grandes profundidades e segurar a respiração por um tempo extenso. Em outras palavras, significa que algumas mudanças psico-fisiológicas levam a redução de oxigênio a ser consumido, devido a uma diminuição no metabolismo, abaixando assim o batimento cardíaco e direcionando o sangue de partes periféricas de corpo a órgãos vitais.

Quando mesmo uma pessoa inexperiente começa uma apneia, seu batimento cardíaco cai em torno de 5 – 7 %. Logo que seu rosto entra em contato com a água, esta queda pode alcançar 20 %. A pressão hidrostática também tem um papel significante, e em grandes profundidades pode fazer cair o batimento cardíaco ainda mais, até mesmo números extremos ao redor de 10 batidas-por-minuto.

Juntamente com os mamíferos marinhos o próprio homem possui a habilidade da dispersão do sangue. Blood shift é um estado que vem após algum tempo de se estar em apnéa quando o sangue é mudado das partes periféricas do corpo em direção a órgãos vitais (coração, pulmões, cérebro). Este processo possibilita que o tempo que o nosso corpo fica em apnéia se estenda.

O homem possui também outro mecanismo que ajuda o transporte de oxigênio pelo sangue - o baço. Durante mergulhos repetitivos o baço libera células de sangue vermelhas, inativas carregando oxigênio.

PRESSÃO AQUÁTICA
Existe ainda, mais um empecilho ao qual freedivers que atingem grandes profundidades devem enfrentar - o aumento da pressão da água que afeta o nosso corpo. Até mesmo aqui se aplica que a mãe natureza equipou o ser humano com a capacidade de lidar com essa dificuldade.

Não a muito tempo atrás, nos anos 50, doutores pensavam que a pressão que a água exercia em profundidades maiores que 50 metros seria tão grande que causaria os pulmões e a caixa torácica a colapsar. Todos ficaram muito surpresos quando Enzo Majorca atingiu essa profundidade em 1962. Nossos pulmões são capazes de compensar esta pressão que e exercida na profundidade, aumentando o volume de sangue nos tubos capilares que por sua vez é não comprimível, o que leva a preencher o espaço na área do peito.

Fonte: http://www.freedivecenter.com/pt/freediving-fisiologia

Cuidando Bem de Nossas Crianças

A atividade física é um comportamento que, somando-se com a alimentação sadia, a genética e o meio-ambiente favorável, faz com que a criança atinja seu potencial de crescimento e desenvolvimento normal e conseqüentemente, um bom nível de saúde.

De acordo com a dra. Fátima Parente de Araújo, neonatologista, com liberdade e na maior descontração, ter uma orientação espaço-temporal e capacidade para um convívio social mais adequado com alongamentos, jogos entre brincadeiras, faz com que uma criança tenha mais equilíbrio, coordenação motora e, sem dúvida nenhuma, qualidade de vida. Ela pode praticar esportes, porém, nunca deve ser tratada ou estimulada a competir na primeira fase de sua vida, mesmo porque ela não compreenderia esse fato e não deve ser tratada como um atleta.
Criança que pratica atividade física tem uma melhor qualidade de vida. Ela controla seu peso, melhora a sua capacidade cardiorrespiratória, dorme melhor, melhora o seu humor e sente-se mais feliz, trazendo com isso resultados benéficos imediatos e a longo prazo.
O ser humano quanto mais jovem mais ativo ele é! Portanto crianças em idade escolar e pré-escolar são mais ativas do que adolescentes e adultos. Quanto às crianças obesas e às desnutridas, sabe-se que elas têm maior predisposição à inatividade física. Crianças de famílias com nível sócio-econômico mais elevado são mais favorecidas com atividadAtividade física na infância4es físicas relacionadas com o lazer do que as de um nível oposto. Isso ocorre porque elas têm mais condições para freqüentarem clubes, academias, parques, resorts, condomínios com espaços para as crianças brincarem etc.
O apoio e a escolaridade dos pais têm influência em todos os aspectos da vida de uma criança e, assim, não poderia ser diferente com a prevalência de comportamento ativo dos filhos. A Organização mundial de Saúde (OMS) tem se preocupado com a prevenção da obesidade, por achar que ela já é uma epidemia mundial. No Brasil, segundo dados estatísticos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nos últimos 30 anos, aumentou em 35% a proporção de crianças e adolescentes acima do peso. Isso acontece não só pela herança genética, mas pela vida mais sedentária e ausência de estímulos dos pais à pratica de atividades físicas e a uma rotina alimentar.

O cenário, muitas vezes, fica preocupante e a prevenção por parte da família e professores é o melhor caminho. Recomenda-se a combinação de cardápios equilibrados, incentivos às atividades físicas diárias e diminuição do sedentarismo, respeitando, acima de tudo, os limites de cada criança.


Fonte: www.destaquesp.com

Obesidade

O sedentarismo e os distúrbios alimentares são hoje, os principais fatores predisponentes para a obesidade.

Obesidade é uma condição na qual a quantidade de gordura ultrapassa os níveis desejáveis. Mas pode ocorrer também um excesso de peso, onde o peso corporal total excede determinados limites, pelo aumento da massa magra.

A obesidade é geralmente definida como a condição de pesar 20% ou mais acima do seu peso ideal que pode ser verificado em uma tabela de peso. Nos Estados Unidos, cerca de um a cada cinco homens e uma a cada três mulheres são obesos.

O excesso de peso e, em maior escala, a obesidade têm sido alvo de muitos estudos, pois ambos vêm sendo apontados como as principais causas de mortes por doenças cardiovasculares em todo o mundo.

Como calcular o índice de massa corporal?

Peso dividido pela altura ao quadrado.
IMC normal: de 20 a 24,99
sobrepeso: de 25 a 29,99
obesidade: acima de 30
obesidade mórbida: acima de 40

Quando os indivíduos passam a se preocupar com o excesso de peso, por diversas razões - dores lombares, dificuldade de locomoção, estética - muitos buscam o emagrecimento através da utilização medicamentosa e/ou através de planos alimentares ou de produtos que causam grande deficiência calórica e nutricional, redução de massa magra e nos níveis de força, queda de imunidade, irritabilidade, hipoglicemia e diversos outros sintomas.

Para o tratamento da obesidade, é indicada uma dieta balanceada e hipocalórica além do aumento na atividade física, sempre sendo orientado por um nutricionista e preparador físico.

Os exercícios mais indicados são os aeróbios, como as atividades: caminhadas, corridas, bicicleta, natação e dança, pois apresentam um gasto calórico significativo..

Como ninguém ganha gordura corporal do dia para a noite, o emagrecimento deve ser gradual e saudável, mudando o seu estilo de vida com dieta e exercícios acima citados.

Atividade física é uma parte essencial em qualquer programa de perda de peso e deve tornar-se permanente em seu estilo de vida. Os benefícios da atividade física podem incluir:

- Queima de calorias e perda de peso
- Manutenção da tonificação dos músculos
- Aumento da taxa de metabolismo (a quantidade de calorias que o seu organismo queima 24 horas por dia)
- Melhoria na circulação
- Melhoria nas funções cardíacas e pulmonares
- Aumento do auto-controle
- Redução do estresse
- Aumento da habilidade de concentração
- Melhoria na aparência
- Redução da depressão
- Diminuição do apetite
- Melhoria na qualidade do sono
- Prevenção de diabetes, pressão sangüínea e colesterol altos

Lembre-se sempre!

A procura por saúde, seja física e/ou mental jamais deve ser realizada por conta própria, procure sempre um profissional de educação física qualificado e competente!!

Boa sorte!

Fonte: www.artigonal.com

Morte Súbita



Morte súbita no atleta é o falecimento inusitado durante ou logo após a prática de exercícios, ocorrendo na primeira hora após os sintomas. O primeiro registro de morte súbita data de 490 a.C., quando um soldado grego, Pheidippides, morreu ao chegar a Atenas depois de haver corrido desde Maraton para anunciar a vitória.
A morte súbita no exercício e no esporte (MSEE), apesar de ser um evento raro, traz grande repercussão e comoção, especialmente quando ocorre em atletas competitivos. Não existem dados que indiquem que sua freqüência esteja aumentando.
Dentre as causas principais da morte súbita, as doenças cardíacas são as principais "vilãs".Muitas anormalidades cardiovasculares podem levar à morte súbita, provavelmente devido a uma diminuição do fluxo sanguíneo ou diminuição na oxigenação do músculo cardíaco, causando aumento na propensão de arritmias ventriculares fatais. Para os indivíduos abaixo dos 35 anos, as cardiopatias congênitas estão mais freqüentemente relacionadas à causa de MSEE. A doença arterial coronariana é a causa mais freqüente de MSEE acima de 35 anos.
Além desses fatores, a cardiomiopatia hipertrófica causa o maior número de mortes súbitas inesperadas, por problemas cardíacos, em atletas jovens. Ela se caracteriza por um inexplicável e dramático comprometimento ventricular, mais intenso no espaço entre os dois ventrículos, com obstrução na cavidade ventricular esquerda, além de desorganização dos miócitos e miofibrilas, aumento da matriz colágena e alterações das artérias coronarianas . O mecanismo para explicar como ocorre a morte súbita em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica não está esclarecido, pois indivíduos com cardiomiopatia hipertrófica têm sobrevivido por anos praticando esportes sem apresentarem complicações.

A atividade física não é a principal responsável pelo fenômeno da morte súbita. A morte súbita em atletas está mais ligada a outros fatores, que não necessariamente o aumento do coração, como sexo, idade, tipo de esporte, e principalmente fatores genéticos, endócrinos e bioquímicos.

Além disso, existem outros fatores que podem colaborar com o aumento do risco MSEE, como por exemplo, treinamento mal orientado, desidratação, desequilíbrio eletrolítico, aumento da pressão arterial.Dessa forma, é de extrema importância que, independente do exercício, a orientação e supervisão de um profissional estejam presentes, para que sejam evitados problemas maiores.


Fonte:

http://www.cbda.org.br/arquivos/2005/08/2005,08,21,389.pdf

http://educacaofisica.org/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=88&Itemid=2