terça-feira, 13 de julho de 2010

Exercício Aeróbio x Aumento da Capacidade Respiratória

Em um post anterior, alguns dos benefícios da prática de exercícios foram citados. O aumento da capacidade respiratória é um assunto muito debatido e é praticamente consenso entre os especialistas e leigos que, se você pratica algum tipo de exercício aeróbio, a tendência a você respirar melhor é evidente; tanto que esses exercícios são indicados para asmáticos, pessoas com bronquite, idosos (que têm o decréscimo respiratório natural).
Mas esse ano foi publicada uma pesquisa da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, que traz dados inéditos sobre possíveis benefícios do exercício físico no organismo. Eles submeteram ratos a sessões diárias de exercícios em esteiras ergométricas (2 X ao dia, 5 dias por semana) durante 10 semanas.

Trechos retirados da chamada na Agência de Notícias da USP:
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“Na literatura médica, existem diversos trabalhos sobre os efeitos do exercício físico no organismo. O ineditismo desta pesquisa reside no fato de que é o primeiro a mostrar em 3D, com precisão e acurácia, como o pulmão se adapta à prática regular de exercícios físicos aeróbicos e de baixa intensidade”, comenta o estereologista Antonio Augusto Coppi, responsável pelo Laboratório de Estereologia Estocástica e Anatomia Química (LSSCA) do Departamento de Cirurgia da FMVZ.
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Os pesquisadores utilizaram um protocolo de treinamento para exercício aeróbico de baixa intensidade. Durante cinco dias os animais foram submetidos a um período de adaptação ao exercício físico. Posteriormente, foram realizados testes de esforço máximo antes do início do treinamento, assim como na quinta e décima semana de treinamento. O teste consistiu em colocar os ratos na esteira a uma velocidade inicial de 0,3 quilômetros por hora (km/h) e, a cada 3 minutos, a velocidade era aumentada até os animais não conseguirem correr voluntariamente.

Alvéolos Conectados:

Segundo Coppi, os alvéolos pulmonares são partículas diferentes de células individuais, pois estão multi-conectadas entre si de modo segmentar, semelhantes a um cacho de uva, onde cada uva representa um alvéolo. “Quantificá-los não é uma tarefa fácil, pois são elementos que apresentam uma estrutura muito complexa em 3 dimensões [comprimento, largura e profundidade] e além disso, estão conectados entre si topologicamente”, afirma o professor.
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Outro fator inovador do estudo foi a associação dos dados estruturais (análise estereológica dos alvéolos) com os resultados fisiológicos: hemodinâmicos e hemogasométricos.
Este estudo foi tema da dissertação de mestrado conduzida pela fisioterapeuta Luciana Maria Bigaram Abrahão, orientada pelo Professor Coppi, e apresentada à FMVZ em 2009.
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Enfim, achei muito interessante a novidade, é algo inovador, e se for provado que ocorre o mesmo efeito no homem, será ótimo para se fazer um tratamento barato para pessoas doentes, com comprovação científica.

O link da publicação no site da agência da USP e da tese da mestranda:

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